28 de outubro de 2008

AULA 10 DE TGA

ABORDAGEM SISTÊMICA

· A teoria geral da Administração passou por uma gradativa e crescente ampliação do enfoque desde a Abordagem Clássica, Humanísitca, Neoclássica, Estruturalista e Behaviorista até a Abordagem Sistêmica.

Os Classistas se basearam em três princípios intelectuais: o reducionismo, o pensamento analítico e o mecanismo.

Com o aparecimento do pensamento Sistêmico os princípios mudam para o expansionismo, pensamento sintético e da teleologia.

Expansionismo: todo fenômeno é parte de um outro maior.

Pensamento sintético: é o fenômeno que se pretende explicar e é visto como parte de um sistema maior e é explicado em termos de papel que desempenha nesse sistema maior.

Teleologia: é o princípio segundo o qual a causa é uma condição necessária, mas nem sempre suficiente para que surja o efeito. O sistema apresenta características próprias que não existem em cada uma de suas partes integrantes, pois são visualizados como entidades globais e funcionam em busca de objetivos.

Os princípios acima fizeram surgir a cibernética e desaguou na Teoria Geral da Administração.

A palavra cibernética significa a arte de governar navios, que em 1834, Ampère (1775-1836) retomou a palavra com o sentido de controle ou direção e Maxwell (1831-1879) utilizou-a como regulador ou governador.

Os principais conceitos de Sistemas são: entrada, saída, retroação, caixa negra, homeostasia e informação.

Entrada – input: tudo o que o sistema importa ou recebe do mundo exterior que pode ser informação, energia e materiais.

Saída – output: é o resultado final da operação de um sistema.

Caixa negra: é um sistema onde o interior não pode ser desvendado. Na Administração muitos problemas são tratados inicialmente como caixa negra atuando somente nas entradas e saídas e, posteriormente, passa-se a trabalhar nos aspectos internos do sistema. Após esta investida a caixa preta é transformada em caixa branca.

Conceito de retroação ou feedback: mecanismo segundo o qual uma parte da energia de saída de um sistema volta à entrada.

Homeostasia: equilíbrio dinâmico obtido através da auto-regulação. É a capacidade que tem o sistema de manter certas variáveis dentro dos limites. A homeostasia ocorre quando a organização dispõe de mecanismos de feedback capaz de restaurar o equilíbrio perturbado por estímulos.

Informação: é o processo de redução de incerteza.

Para conceituarmos informação são preciso dois outros conceitos: dados e comunicação.

Dado: registro ou anotação a respeito de um evento. Quando um conjunto de dados possui um significado temos uma informação.

Comunicação: quando a informação é transmitida a alguém e compartilhada também por pessoas.
TEORIA GERAL DOS SISTEMAS

· A TGS parte de três premissas básicas: os sistemas existem dentro de sistemas, são abertos e as funções de um sistema dependem de sua estrutura.

· O conceito de sistemas proporciona uma visão compreensiva, abrangente, holística de um conjunto de coisas complexas, dando-lhes uma configuração e identidade total.

· Há uma variedade de sistemas e tipologias para classificá-los. Estes podem ser, quanto à sua constituição físico ou abstrato e quanto à sua natureza, fechado ou aberto.

· Homem funcional: o indivíduo comporta-se em um papel dentro das organizações, inter-relacionando-se com os demais indivíduos como um sistema aberto. Este homem mantém uma expectativa quanto ao papel dos demais indivíduos e procura enviar aos outros as suas expectativas de papel.

TEORIA DE SISTEMAS

Sistemas – conjunto de elementos interdependentes e interagentes ou um grupo de unidades combinadas que formam um todo organizado. O todo representa características próprias que não são encontradas em nenhum dos elementos isolados. Exemplo: a características do 4º período de Administração manhã da PUC Minas em Contagem são totalmente diferentes do ... e da ... que o formam.

· Fundamenta-se em três premissas básicas: os sistemas existem dentro de sistemas – cada sistema é constituído de subsistemas e, ao mesmo tempo, participa de um sistema maior, o supra-sistema. Esse encadeamento parece ser infinito; os sistemas são abertos - é uma decorrência da premissa anterior, ou seja, são caracterizados por um processo infinito de intercâmbio como o seu ambiente para trocar energia e informação; as funções de um sistema dependem de sua estrutura - cada sistema tem um objetivo ou finalidade que faz o intercâmbio com os outros dentro de um espaço.

· Segundo Bertalanffy o sistema é um conjunto de unidades reciprocamente relacionadas sob dois aspectos: o de propósito (ou objetivo) – definem um arranjo que visa sempre um objetivo ou finalidade a alcançar e o de globalismo (ou totalidade) – qualquer estímulo em uma unidade afetará todas outras devido a relação entre elas.

· Os tipos de sistemas são: quanto à sua constituição podem ser físicos ou concretos – equipamento, maquinário, hardware; abstratos ou conceituais - conceitos, planos, filosofia, pensamento, software; quanto à sua natureza podem ser fechados - não apresentam intercâmbio com o seu meio e que a rigor não existem; abertos - trocam energia regularmente com o meio ambiente e têm como característica básica a adaptabilidade.

· As organizações apresentam características de sistemas abertos, pois seu comportamento probabilístico e não determinístico, parte de uma sociedade maior e constituída de partes menores, interdependência das partes, homeostase, fronteiras e limites, morfogênese e resiliência.

· Comportamento probabilístico e não determinístico – ocorrência de variáveis externas desconhecidas e incontroláveis. As organizações são complexas e respondem a muitas variáveis ambientais que não são totalmente compreensíveis.

· Parte de uma sociedade maior e constituída de partes menores – sistemas dentro de outros sistemas e estes são complexos de elementos colocados em interação.

Interdependência das partes – a mudança de uma parte provoca impacto sobre a outra. Com a divisão do trabalho, as partes precisam ser coordenadas através de meios de integração e de controle.

Homeostase – unidirecionalidade ou constância de direção, progresso em relação ao fim, homeostasia e adaptabilidade.

Fronteiras e limites – as transações entre as organizações e ambiente são feitas pelos elementos situados nas fronteiras organizacionais.

Morfogênese – modificação em si própria e sua estrutura básica por meio do qual os seus membros comparam os resultados desejados com os resultados obtidos e detectam os erros que devem ser corrigidos para modificar a situação.

Resiliência – capacidade de superar o distúrbio imposto por um fenômeno externo. Esta determina o grau de defesa ou de vulnerabilidade do sistema e pressões ambientais externas.

Exemplo WALL – MART, case página 492